Tempestade geomagnética atinge nível 6 e já dura mais de 40 horasNotícia do dia 16/07/12 |
A intensa tempestade solar que atingiu a Terra na tarde de sábado continua em atividade e produziu auroras nas regiões de latitudes elevadas ao norte e sul do equador. No domingo o índice KP chegou a atingir o nível 6 por três vezes e causou blecautes de radiopropagação em bandas de baixa frequência.
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Tempestade Geomagnética
Os modelos de deslocamento indicavam que o choque das partículas com a alta atmosfera ocorreria por volta das 07h00 BRT de sábado, mas os magnetômetros localizados no círculo polar ártico só registraram desvios significativos do campo magnético terrestre a partir das 17h00. Desde então, índice KP que mede a instabilidade na ionosfera passou a apresentar níveis superiores a 4, que se intensificaram na tarde de domingo, com valores atingindo o nível 6 três vezes.
Consequências
O choque das partículas carregadas teve efeito imediato em latitudes elevadas ao norte e sul do equador e produziu auroras boreais na Europa, faixa centro-norte dos EUA e Canadá. Auroras austrais também foram observadas na Nova Zelândia, extremo sul da Austrália, Tasmânia e também no Polo sul. Não há informações de observação do fenômeno no sul da América do Sul, mas não descartamos essa possibilidade.
Não há registro oficial de problemas causados por surtos eletromagnéticos em linhas de transmissão localizadas acima das latitudes de 40 graus norte ou sul, nem de panes causadas em sistemas satelitais ou operações de localização, embora possam ter ocorrido sem terem sido relatadas.
Efeitos de tempestades KP=6
Sistemas de potência: Redes elétricas em latitudes elevadas podem sofrer alertas de variação de tensão. Se prolongadas, as tempestades podem danificar transformadores.
Espaço: Podem ser necessárias reorientações na órbita de satélites. O aumento do arrasto da atmosfera pode interferir no cálculo orbital.
Outros: Pode fechar a propagação em ondas curtas (HF) nas latitudes elevadas. Ocorrência de auroras boreais em latitudes baixas, ao redor de 55º.
Fotos: No topo, aurora boreal registrada em 14 de julho de 2012 na região do lago Elora, no estado de Minnesota, EUA. Na sequência, gráfico mostra a evolução do Índice KP durante o bombardeio das partículas. Acima, desvios do campo magnético da Terra registrados por um dos magnetômetros da Universidade do Alasca. Créditos: NOAA/SWPC, Universidade do Alasca/Haarp project, Apolo11.com.
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