Soluço cósmico? Pulsar muda ritmo de seu farol e deixa astrônomos intrigados
Pulsares são verdadeiros "faróis" do espaço - estrelas minúsculas, ‘queimadas’, que emitem pulsos regulares de raios gama - que os cientistas chamam genericamente de soluços.
O pulsar J1838-0537, de repente acelerou e os raios explodiram no espaço – tornando-se um soluço cósmico ainda sem compreensão para os pesquisadores.
Os pulsares são extremamente difíceis de serem encontrados - e a nova descoberta poderia esclarecer esses misteriosos objetos cósmicos. A estranha estrela foi encontrada com os astrônomos peneirando dados astronômicos através de supercomputadores.
"Com o emprego de novos algoritmos em nosso de computador ATLAS, fomos capazes de identificar os sinais anteriormente não observados", diz Bruce Allen, diretor da AEI.
Em novembro de 2011, a equipe de Allen anunciou a descoberta de nove novos raios gama que tinham escapado a todas as pesquisas anteriores. Agora, os cientistas encontraram um novo e extraordinário pulsar utilizando novos métodos.
O nome do pulsar recém-descoberto - J1838-0537 - vem de suas coordenadas celestes. "O pulsar tem menos de 5.000 anos de idade, muito jovem. Ele gira sobre seu próprio eixo, aproximadamente, sete vezes por segundo e sua posição no céu é na direção da constelação Scutum”, diz Holger Pletsch, um cientista do grupo de Allen e principal autor do estudo publicado recentemente.
"Após a descoberta ficamos muito surpresos que o pulsar foi, inicialmente, visível até setembro de 2009. Então pareceu que ele havia desaparecido de repente”, em entrevista ao DailyMail.
Somente uma análise de acompanhamento complexo de uma equipe internacional liderada por Pletsch, poderia resolver o mistério de pulsar J1838-0537. Na verdade ele não desapareceu, mas sofreu uma falha súbita, após ter girado 38 milionésimos mais rápido do que antes.
"Essa diferença pode parecer desprezível, mas é a maior falha já medida para um pulsar de raios gama."
A causa exata das falhas observadas em muitos pulsares jovens é desconhecida. Os astrônomos consideram que os "terremotos estelares" na superfície da estrela de nêutrons ou interações entre o interior superfluido estelar e a superfície, possam ser possíveis explicações.
"Detectando um grande número de falhas, este pulsar torna possível aprender mais sobre a estrutura interna desses corpos compactos celestes", diz Lucas Guillemot do Instituto Max Planck de Radioastronomia.[Jornal Ciência]
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