quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Expansão do Universo medida com precisão



EXPANSÃO DO UNIVERSO É MEDIDA COM PRECISÃO INÉDITA.

A famosa "escada de distâncias cósmicas", vista na foto, usada para medir a taxa de expansão do Universo, é formada por uma série 
de estrelas e outros corpos celestes com distâncias conhecidas.




[Imagem: NASA/JPL-Caltech]



Expansão e aceleração da expansão

Usando o Telescópio Espacial Spitzer, astrônomos fizeram a medição mais precisa já realizada da constante de Hubble. 
O número indica a velocidade com que o Universo está se expandindo.

A constante de Hubble homenageia o astrônomo Edwin Hubble, que confirmou os dados do seu colega Georges Lemaitre, que foi quem descobriu que o Universo tem-se expandido desde sua origem.

No final dos anos 1990, astrônomos descobriram que esta é apenas metade da história: além de estar se expandindo, a expansão do Universo está se acelerando. 
Esta descoberta rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2011:

Nobel de Física vai para aceleração da expansão do Universo. A determinação da taxa de expansão é fundamental para a compreensão da idade e do tamanho do Universo.




Constante de Hubble

Ao contrário do Telescópio Espacial Hubble, que vê o cosmos em luz visível, o Spitzer enxerga a radiação infravermelha, que foi usada para fazer a nova medição.

Isto melhora por um fator de 3 o estudo pioneiro feito pelo Hubble, trazendo a incerteza para 3%, um salto enorme de precisão para medições cosmológicas.

O novo valor apurado para a constante de Hubble é 74,3 mais ou menos 2,1 quilômetros por segundo por megaparsec - 1 megaparsec equivale a 3,26 milhões de anos-luz.

O valor anterior da constante de Hubble era de 72 quilômetros por segundo por megaparsec, com incerteza de 10%.

Além disso, os resultados foram combinados com dados publicados pela sonda espacial WMAP para obter uma medição independente da energia escura, um dos maiores mistérios do cosmos.

A teoria mais aceita atualmente estabelece que a energia escura está vencendo a batalha contra a gravidade, esticando o tecido do Universo.



Bibliografia:
Carnegie Hubble Program: A mid-infrared calibration of the Hubble constant
Wendy L. Freedman, Barry F. Madore, Victoria Scowcroft, Chris Burns, Andy Monson, S. Eric Persson, Mark Seibert, Jane Rigby
The Astrophysical Journal
Vol.: 758, N.1 DOI: 10.1088/0004-637X/758/1/24

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